domingo, 26 de junho de 2011


Enfermeira baiana - 13/12/1814 - 20/5/1880 .
Primeira profissional a se dedicar à enfermagem no Brasil, serve como voluntária na Guerra do Paraguai. Como homenagem, em 1926, Carlos Chagas dá seu nome à primeira escola oficial brasileira de enfermagem de alto padrão.

Ana Justina Ferreira Néri nasce na vila de Cachoeira de Paraguaçu. Viúva do capitão-de-fragata Isidoro Antônio Néri, não se conforma em ver os três filhos - o cadete Pedro Antônio Néri e os médicos Isidoro Antônio Néri Filho e Justiniano de Castro Rebelo - e mais dois irmãos, ambos oficiais do Exército, serem convocados para a Guerra do Paraguai.

Decide escrever ao presidente da província uma carta na qual oferece seus serviços como enfermeira durante todo o tempo em que durasse o conflito. Deixa a Bahia, pela primeira vez na vida, em 1865 e vai auxiliar o corpo de saúde do Exército. Trabalha no hospital de Corrientes, onde conta com a ajuda de poucas freiras vicentinas para cuidar de mais de 6 mil soldados internados. Parte algum tempo depois, atuando em Salto, Humaitá, Curupaiti e Assunção.

Na capital paraguaia, então ocupada e sitiada pelo Exército brasileiro, monta uma enfermaria-modelo, utilizando para isso recursos financeiros pessoais, herdados da família. Volta ao Brasil em 1870, recebendo várias homenagens, entre elas as condecorações com as medalhas de prata humanitária e de campanha. Recebe do imperador dom Pedro II uma pensão vitalícia, com a qual educa quatro órfãos recolhidos no Paraguai. Morre no Rio de Janeiro. Seu retrato, pintado por Vítor Meireles, ocupa até hoje lugar de honra no Paço Municipal de Salvador.

segunda-feira, 13 de junho de 2011



No censo 2010,realizado pelo instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), os entrevistadores ofereciam aos entrevistados as seguintes opções para a pergunta " A sua cor ou raça é": branca, preta, amarela, parda ou indígena. A resposta é autoclassificatória, isto é, as pessoas respondem o que desejarem, dentre as categorias oferecidas pelo IBGE.
Justamente nesses aspectos se encontra a diferença em relação aos estudos genéticos. Além de, no censo, as pessoas poderem se declarar da cor que preferirem, o fato é que a cor da pele não necessariamente tem relação com a ascendência. São os casos em que o fenótipo - a aparência externa - parece discordar do genótipo, a composição do DNA.
O genético Sérgio Pena, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pesquisa esse fenômeno. Em 2007, ele coordenou um estudo que traçou a ancestralidade de algumas celebridades negras brasileiras. A pesquisa confirmou a ascendência africana de alguns, como a cantora Sandra de Sá ( com 96% de ascendência subsaariana), e também trouxe algumas surpresas, como o sambista Neguinho da Beija-Flor, que tem 67,1% de ascendência europeia. Já a ginasta Daiane dos Santos tinha 39,7% de ancestralidade africana, 40,7% europeia e 19,6% ameríndia.
O estudo de Pena usou marcadores de DNA, ou haplogrupos, que são sequências que ocorrem em partes de determinados cromossomos. Funciona da seguínte maneira: o código genético humano é como um livro com quatro letras, ATGC (adenina, timina, guanina e citosina), as bases nitrogenadas que compõem o DNA. Marcadores são trechos dessas bases que acontecem numa ordem conhecida (por exemplo: ATCGATTGAGCT), nema parte conhecida dos cromossomos, que, se descobriu, ocorrem em alguns povos, mas não em outros. Assim, tendo noção dos marcadores e analisando-se os cromossomos das pessoas, é possível saber se ela têm genes típicos de um povo ou de outro.
Em 2000, Pena já havia conduzido um estudo de DNA mitocondrial e cromossomo Y apenas entre autodeclarados brancos brasileiros, de todas as regiões do país. Ele descobriu que 98% deles tinham ancestrais paternos europeus, mas 60% possuiam DNA mitocondrial indígena ou negro.O cromossomo U é passado intacto de pai para filho. Já as mitocôndrias são transmitidas de mãe para filhos e filhas, por meio de citoplasma do óvulo, o gameta feminino. Mutaççoes são bem mais raras nessas partes do código genético, que não passam pelo processo de entrelaçamento dos demais cromossomos. Diferentemente do teste de haplogrupo, no entanto, os testes de DNA mitocondrial e cromossomo Y não dão uma proporção de ancestralidade - apenas dizem de que região geográfica veio i ancestral que deu origem ás mitocôndrias ou ao cromossomo Y da pessoa.
Se dados científicos não são o bastante para resolver preconceitos irracionais, sem dúvida ajudam a perceber quão longe da verdade está quem se imagina de alguma forma "puro" ou "superior". No Brasil, mais do que em muitos lugares, as aparências enganam.

sábado, 9 de abril de 2011

Katy Perry - E.T. ft. Kanye West

T-Rex - Children of The Revolution

Einstein e a bomba atômica.

O poder que se esconde por trás da mais célebre equação da física contemporânea foi a base para a criação da bomba atômica.


Em 1905, o físico Albert Einstein tinha apenas 26 anos e publicava seus estudos sobre a teoria da relatividade restrita, que explica como o tempo é relativo ao movimento do espaço. Num desses textos, intitulado "A inércia de um corpo depende de seu conteúdo energético", constava a equação mais famosa da física contemporânea: E=mc².

A fórmula diz respeito não ao tempo e espaço, mas à relação entre massa e energia. E significa energia, m é a massa e c é a constante da velocidade da luz no vácuo, de 30 000 000 000 (trinta bilhões) de centímetros por segundo.


Uma das consequências da equação de Einstein é que, se adicionarmos energia a um objeto, por exemplo movendo-o ou esquentando-o, ele se torna mais pesado -mas numa proporção ínfima, de 1 para 30 bilhões ao quadrado ( ou 9.10²º, nove seguido de 20 zeros). Outra é que, ao se remover massa de um objeto, uma quantidade de energia de 9.10²º vezes maior é liberada.

Os resultados dessa segunda parte da fórmula são bem mais conhecidos: a forma pela qual removemos massa de um objeto é a fissão nuclear. Assim, a equação de Einstein prevê qual a energia liberada numa explosão atômica. Para se ter uma ideia do que isso significa, a bomba de Hiroshima tinha 64 quilos de urânio-235, dos quais apenas 600 miligramas (o peso de uma moeda) foram convertidos em energia. Essa "moedinha" equivaleu a 15 000 toneladas de TNT, causando a morte de 140 000 pessoas.


Em 1939, Einstein em pessoa enviou uma carta ao presidente norte-americano Franklin Delano Roosevelt pedindo que ele desenvolvesse a bomba antes que os alemães o fizessem. Os norte-americanos chegaram primeiro- a bomba de Hiroshima explodiu em 6 de agosto de 1945, e a de Nagasaki, em 9 de agosto.

No entanto, a união Soviética tinha espiões infiltrados no projeto norte-americano e conseguiu produzir suas próprias bombas a partir de 1949. O mundo assistiu a uma corrida nuclear, mas o medo de aniquilação mútua fez com que os Estados Unidos e a União Soviética evitassem o conflito direto. essa foi a guerra Fria, na qual, felizmente,nenhuma arma nuclear foi utilizada por ambos os lados.
O livro “As Belas Coisas que é do Céu Contê-las” de Dinaw Mengestu (lançado originalmente no início do ano passado com o título “The Beautiful Things That Heaven Bears”), lançado agora pela Nova Fronteira no Brasil com tradução de Maria Helena Rouanet, é, certamente, uma grata surpresa – em seu primeiro livro, Mengestu consegue contar uma tocante história sobre alguém perdido, de muitas formas, entre dois mundos, e tentando traçar uma existência no espaço que resta. É triste, é realista, é tocante, e é lindo. Vale a pena. Há 17 anos, Sepha Stephanos fugiu da revolução etíope após testemunhar o espancamento de seu pai. Depois de vender as jóias da família e desembarcar nos Estados Unidos, ele agora é dono de um armazém em um bairro de negros em Washington. Seus únicos companheiros são dois imigrantes africanos, Joe, do Congo, e Ken, do Quênia, que dividem a frustração e a saudade de casa. Ele então percebe que sua vida se transformou em algo muito diferente do que imaginara anos atrás. À medida que sua vizinhança começa a mudar, a esperança surge na forma de duas novas vizinhas, Judith e Naomi - uma mulher branca e sua filha mestiça, que, pela primeira vez em anos, fazem com que Sepha se sinta parte de uma família. Porém, quando incidentes raciais começam a agitar a vizinhança, Sepha mais uma vez se vê prestes a perder tudo. Editora: Nova Fronteira Autor: DINAW MENGESTU Origem: Nacional Ano: 2008